terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Orquídea Poesia


























Como uma donzela, misturando à sua imagem lascívia e inocência, com suas saias rodadas de formas e coloridos variados, a orquídea se exibe em matas, em lares, em jardins ou em bares.
Bem no seu centro-miolo, há um olho mágico, que parece tudo ver e a sua pétala central lembra uma boca aberta, enigmática, sugestiva, chamando ao prazer e à alegria.
É quase impossível isolar orquídea e poesia, orquídea e prazer, orquídea e paixão, ela se funde e se confunde com estas palavras em sugestões imagéticas, em poemas- não ditos, sugerindo com sua presença que uma noite de amor foi vivida em toda a plenitude, e que Eros consagrou.
A orquídea é a representação de Eros personificado, de sua ingenuidade e de sua volúpia sacralizadas .
Este espetáculo floral que, geralmente, se mostra uma vez por ano, guarda o segredo de versos que sabem expressar não somente sensações, mas sentimentos, os quais só a luz da tarde consegue desenhar.
Pássaros vêem saudar sua beleza, enquanto poetas tentam descrever sua beleza com palavras buriladas, e, por outro lado, os cantores buscam rimas e ritos para cantar a poesia que vive nesta flor.
Mas não precisava, pois, por sua forma e por sua força sugestiva, a orquídea guarda em si todos os 
mistérios da poesia.

ORQUÍDEA – POESIA (Autoria: SÔNIA MOURA)

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